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Por que Gays são Gays ?

Por que os gays são gays? Eles nascem assim ou se tornam gays ao longo de suas vidas? Por que tanta pergunta e interesse em saber sobre a vida dos homossexuais? Então vamos lá.Mais de setenta teorias procuram explicar a homossexualidade, ou melhor, porque as pessoas sentem interesse erótico por semelhantes do mesmo sexo. Antes de começar quero logo adiantar que se trata de um assunto polêmico, controverso e que tem muitas concepções. Melhor que discutir a origem da homossexualidade seria buscar entender porque muitos heterossexuais têm pavor do contato social com homossexuais como se a homossexualidade fosse uma ameaça.Duas teorias modernas acabam por discutir o assunto. Os essencialistas buscam entender o mundo e as coisas por uma essência fixa do comportamento. Eles entendem que homossexuais já nascem assim e teriam em si uma personalidade homossexual. A teoria essencialista é usada por alguns homossexuais cristãos, que citam esta passagem da Bíblia: “Há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus”.(Mateus 19:12). Eunuco seria um eufemismo para falar de homossexuais, já que o termo homossexual só foi criado em 1869.Esta questão divide parto do movimento homossexual no mundo, tanto que muitas lésbicas e gays, inclusive militantes, acreditam que a homossexualidade serial algo genético, e os homossexuais partem de uma espécie distinta da raça humana. Uma espécie de terceiro sexo. Esse fato se manifestaria no tipo de profissão escolhida, entusiasmo excessivo por algo e androginia. Nesse ponto os LGBT não teriam “culpa” de nascerem assim e o preconceito seria algo anti-natural e absolutamente injusto. Seria a homossexualidade algo semelhante à raça, já que ser amarelo, branco ou negro, a pessoa não escolhe. Tal postura teórica ajudaria, na visão de alguns, justificar e conseguir os direitos civis e sociais iguais aos outros e facilitaria na lutara para combater o preconceito. Não teria culpa de ter nascido assim e não faria sentido ser punido por isso. Daí a luta pelas leis, acham que isso ajudaria muito nas conquistas sociais, calando os fundamentalistas, posto que seríamos obra do “Criador”.Outra teoria que busca explicar porque os gays, ou melhor, a orientação sexual dessa população, é a Culturalista, também chamada de “Construcionista”, já que a homossexualidade seria uma construção social. Uma espécie de linguagem construída a partir das relações sociais da ordem cultural. Isso, trocando em miúdos, quer dizer que tudo é cultural, e nada da personalidade ou dos desejos nasceria com o ser humano. Essas informações codificadas em nossas mentes são construídas, aprendidas, selecionadas e aperfeiçoadas de forma inconsciente desde a infância. Todos sabemos, contudo, que a cultura está fantasticamente ligada à natureza e para isso é muito bom entender que a sexualidade humana é uma relação dialética entre natureza e cultura.As diversidades sexuais exigem o auxílio da antropologia, sociologia e psicologia para entender sua dinâmica. Assim como relata tão bem Camille Paglia em Sexo, Arte e Cultura Americana, lançado no Brasil pela Companhia das Letras em 1993. Aliás, Camilinha confirmou presença no próximo carnaval da Bahia.Outro dia uma mãe ficou abaladíssima ao chegar em casa e encontrar seu filho pequeno com a boca pintada como seu batom. “Eu fiquei apavorada!” relatou a mulher. Mas como falar isso para as crianças se desde cedo elas aprendem que azul é de menino e rosa a cor de menina?! Criança sempre pergunta: “por quê?” Fácil explicar e entender. Muitos gays são fascinados pelo mundo feminino. Esse mundo é bem mais fantástico, divertido e muito colorido se comparado com o universo masculino: monocromático, cinza, sem perfume e alheio à aparente alegria presente no dia-a-dia feminino. É normal que meninos tenham interesse em fazer essa viagem “trans” e as famílias no geral devem buscar essa compreensão e entender que esses são momentos de escolhas inconscientes que todos fazemos na vida.Pode ser uma brincadeira, uma leitura temporária ou, quem sabe, o início de uma decisão vital. Na construção da matriz sexual, essa criança pode vir a ser ou não. Isso é muito relativo e depende de como uma possível repressão pode traumatizar essa criança. Reveja o filme “Minha vida em cor de rosa”! Essa escolha pelo “diferente”, uma vez reprimida, como escreveu Freud nos seus primeiros ensaios sobre sexualidade, pode causar uma parada em uma parte das fases de desenvolvimento erótico-afetivo da infância. Paglia, em seu recente Personas Sexuais: Arte e Decadência de Nefertiti a Emily Dickinson continua mais radical no seu discurso sobre homossexualidade e sua inserção na natureza humana: os gays são gays talvez para fugir ou honrar a figura materna e assim derrotar a natureza. Isso é o que afirma a pesquisadora americana.Trata-se, portanto, de uma pergunta com resposta complexa, sinuosa e muito relativa. Questão que envolve ainda muita polêmica devido estarmos tratando de gente, ser humano que tem comportamento variado de acordo a sua vida social, cultural e política.Assim, muito antes de querermos saber as causas da homossexualidade, torna-se importante todo esforço coletivo dos governos e sociedade civil para combatermos o autoritarismo machista, porque o verdadeiro masculino não traz a violência em sua síntese, e ahomofobia – ódio aos homossexuais – não justifica o enorme índice de homossexuais assassinados no Brasil. 186 em 2008, números que assustam e merecem consideração de tosos: 122 homossexuais masculinos, 58 travestis e 6 lésbicas.Urge que a sociedade entenda que lutar contra a homofobia não significa necessariamente fazer apologia da homossexualidade, mas sim lutar pela liberdade de todos e todas. Uma sociedade democrática onde as pessoas possam escolher em quem votar, em que Deus acreditar, e claro com quem resolvem partilhar a vida amorosa.Marcelo Cerqueira, 36 anos, professor de História, ativista do Grupo Gay da Bahia, ex-secretário de Comunicação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT) – ggb@ggb.org.brPaulista em foco. Ano 1, n. 10. São Paulo: fevereiro/2009.



Existe Carros Gays ?




Você sabe o que os carros Toyota Yaris, Saab 9-3 (sedan e conversível), Mazda MX-5, Volkswagen Jetta, VW EOS, Dodge Caliber, Toyota Camry, Audi A3, VW Rabbit e Infiniti FX têm em comum? Eles foram listados pelo site automotivo norte-americano GayWheels - especializado em informações para gays, lésbicas, bissexuais e transexuais interessados em comprar carros - como os dez veículos mais pesquisados no site durante o segundo trimestre de 2007.

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